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sábado, 30 de março de 2013

Historinha da Pascoazinha...

terça-feira, 26 de março de 2013

Cantoria!




" Elomar, Vital Farias, Geraldo Azevedo e Xangai - CANTORIA 1

O álbum é uma gravação ao vivo realizada em 1984 e traz músicas de Elomar, Geraldo Azevedo, Vital Farias e Xangai.Com uma excelente qualidade técnica - o que não é comum em gravações ao vivo, "Cantoria" é um encontro histórico entre grandes criadores em seu estado puro: apenas as quatro vozes e suas violas, alternando-se em solos, duos, trios e até quartetos. Com público específicos ,estes quatro expoentes da música nordestina do chamado "estado sertanejo" produzem o que há de mais forte na cultura regional.  "

domingo, 24 de março de 2013

quinta-feira, 21 de março de 2013

Mãos Dadas...





Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.



Johann Sebastian BACH

domingo, 10 de março de 2013

terça-feira, 5 de março de 2013

A Canção do Avadhut




Eu não tenho nascimento, nem morte e nem deveres.
Eu nunca fiz nada bom ou mau.
Eu sou puramente Brahman, o Absoluto além de todas as qualidades.
Como poderia existir para mim escravidão ou liberação?
Se Deus é onipresente, imutável, completo, sem quaisquer partes, então não há qualquer
divisão neste Deus.
Como então ele poderia ser concebido como estando dentro ou mesmo fora?
O universo inteiro está brilhando como Um, sem qualquer cisão ou ruptura ou partes separadas.
A idéia de Maya, a grande ilusão, é ela mesma a grande ilusão.
Dualidade e não dualidade são meramente conceitos da mente.
O mundo da forma e o vazio informe.
Nada disto existe independentemente.
No Um, não há qualquer separação ou união.
Verdadeiramente não há nada, exceto pela consciência-Shiva apenas.
Eu não tenho mãe, pai ou irmão.
Eu não tenho esposa, nem marido, nem filho ou amigo.
Eu não tenho apegos ou não apegos.
Como então tu justificas esta ansiedade da mente? Oh mente!
Não há nem o dia de manifestação, nem a noite de dissolução.
Minha luz contínua nem se levanta nem se põe.
Como poderia um homem sábio sinceramente acreditar que a existência sem forma é afetada pelas formas? Ela não é inteira nem é dividida.
Ela não experimenta tristeza ou alegria.
Ela não é o Universo nem o não-Universo.
Compreenda que o Self é eternamente Um.”


Rosa Passos (Wave - Tom Jobim)


Divinamente desabrochando em pétalas de misteriosa Rosa-flor que surpreende inevitavelmente a audição extática de quem ouve e ao mesmo tempo adivinha o som ouvido que, de tão límpido, envolve-se de uma delicadeza estonteantemente diáfana... Suavemente, Passos desembocando em si de tanto ser demasiadamente estrela a iluminar acusticamente o coração de um pequenino fã que se rende e apenas presta uma singela homenagem como esta: parabéns, Rosa Passos!

Jorge Pi

segunda-feira, 4 de março de 2013

ERIK SATIE: MÚSICO ROSACRUZ

A exemplo do que ocorreu ao longo da história com a filosofia, as ciências naturais e as artes pictóricas, o misticismo influenciou igualmente as personalidades que edificaram a história da música. O Rosacrucianismo, que notadamente permeia o pensamento de Francis Bacon, Comenius, Paracelso, Nicholas Flamel, Benjamin Franklin, Jacob Boehme e Thomas Jefferson, por exemplo, para ficarmos mormente no campo gravitacional de filósofos e estadistas, também alcançou ilustres musicistas. Por certo, os dois principais nomes ligados ao esoterismo rosacruz são os de Claude Debussy e Erik Satie. É a Satie (1866-1925) que dedicaremos hoje a nossa atenção.
Do ponto de vista musical, Satie é tido historicamente como o grande agitador que inspirou mais de uma geração de compositores franceses a renovar a manifestação musical de seu país, naquele momento envenenada pelo germanismo (sobretudo de Wagner), pelo excesso de academicismo e dominada pela influência da ópera. Portador de uma grande carga de gênio, Satie, através de sua atitude libertária, banhada em um perspicaz humor literário, abriu caminhos para que outros compositores, mais preparados tecnicamente, produzissem as obras máximas da música francesa.
O melhor da produção de Satie encontra-se nas suas miniaturas para piano, onde identificamos sua genialidade mais completamente manifestada. Era um grande improvisador e suas criações nasciam normalmente de inspirações súbitas movidas por estímulos não-musicais. Muitas de suas composições levam títulos humorísticos, mas é curioso notar, entre suas páginas mais apreciadas, a série de 6 peças para piano que levam o sugestivo nome de Gnossiennes (que poderíamos livremente traduzir por ‘Gnósticas’) que automaticamente nos leva a intuir a preocupação filosófica de Satie, fator igualmente preponderante em sua criação. Num popular cabaré parisiense chamado “Chat Noir” (Gato Negro), Satie conheceu Debussy, em 1890. No ano seguinte, iniciaram-se na fraternidade rosacruz recém reestruturada em Paris e que contava, entre os membros de seu Conselho Supremo, com os nomes de Stanislas de Guaita, Sâr Joséphin Péladan, o célebre místico Gérard Encausse (conhecido como Papus) e Augustin Chaboseau. Péladan, que mais tarde deixaria a Ordem por causa de divergências com Papus e fundaria a “Ordem da Rosacruz do Templo e do Graal”, defendia a ideia de que a arte tinha uma missão divina e era o melhor meio de efetivar a reintegração com Deus. A inclinação esotérica de movimentos artísticos como os pré-rafaelistas e os simbolistas aproximou os compositores naturalmente dessas fraternidades. Os artistas que as integravam buscavam uma reação aos excessos do romantismo e inclinavam-se, portanto, ao mundo do metafórico e do simbólico.
Dentro da fraternidade, Satie viria a desempenhar uma função semelhante à de mestre de capela, e dessa maneira produziu obras voltadas para a ritualística da ordem, como Le Fils des Étoiles (O Filho das Estrelas), escrita sobre argumento do próprio Sâr Peladan, Première Pensée Rose+Croix (Primeiro Pensamento Rosacruz) e Sonneries de la Rose+Croix (Sons da Rosacruz), que consta de três partes, a saber: Air de L’Ordre (Ária da Ordem), Air du Grand-Maître (Ária do Grande Mestre) e Air du Grand-Prieur (Ária do Capelão). Mais tarde, Satie iria fundar sua própria seita religiosa e aí continuaria a exercitar as excentricidades em que era pródigo.
Raul Passos




sexta-feira, 1 de março de 2013

Zé Kabhaleiro...



Zeca Baleiro: Zé Cabaleiro! Balah Cabalah... Zé Cavaleiro: rédia, a galope: sons e palavras... Músicabalah: abahlada música com esmeiro e capricho... Bicho e Arcanjo... Devoto do belo... Sertão capaz de por pés num escabelo-belo-cabelo-baleiro repleto de ócio minuciosamente criativo...

Jorge Pi