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domingo, 8 de março de 2015

Casamento de L & D

Entre muitas resistências que me são inerentes, exaltar as aparências em detrimento da essência é uma delas. Falo assim para justificar esta minha série de fotos postadas a seguir. 

A princípio, elas poderão ser vistas por alguns como figuração de imagens na vitrine do mural no Face. Como o próprio nome indica, 'FACEBOOK' - ( livro da face, da foto, da imagem...). Mas, quem sabe, o seu criador quis instigar à 'Rede Compartilhada' o hábito de pensar sobre o visual, uma vez que, oportunizou para cada postagem a edição de um texto explicativo relacionado à foto (ou não... rs). Até mesmo possibilita uma reedição quando a explicação fica incompleta ou indesejada...

Talvez o público em geral acesse o face em busca apenas de observar as fotos. Neste caso, passa despercebida a leitura da imagem e da beleza que trás suas respectivas edições. Entretanto, isso é típico da sociedade virtual que, ao dar ênfase ao 'Superficial cheirando a tinta', promove a 'coisificação' do ser humano. Mas, em contrapartida, há um espaço natural para os leitores que observam, analisam e concluem... a condição de sensibilidade tão presente na alma humana que Jorge Pi descreve em seu poema 'Sentir' e que me toca ainda mais pelo verso: "...porque sentir e´o saber sem se exibir..."

É nessa perspectiva que publicarei a sequência de imagens... Elas registram um momento histórico! Mais um para a minha família, que desde Samuel Pereira de Almeida conjuga as celebrações com a música.








Em primeiro lugar, quero agradecer em público o honroso convite para ser madrinha de casamento do casal Lafaete Noronha e Danielly Moura. Ele, meu primo em segundo grau, filho de minha prima Núbia Lafaete Pinheiro Noronha de Oliveira, neto de uma tia querida (Cristina de Lafaiete Noronha), bisneto de vovô Boanerges Pinheiro (cantor sacro, instrumentista e compositor de várias obras), tetraneto de Samuel Pereira de Almeida (brilhante músico, quer coral, quer instrumentista, pioneiro e fundador da Sociedade Filarmônica Nossa Senhora da Conceição). Dizendo isto, quero me referir à beleza que foi o enlace matrimonial de dois jovens músicos desta instituição secular tão bem cuidada atualmente pelo Prof. e Maestro Valtênio. No mesmo Altar Mor que historiou em épocas passadas cerimônias religiosas de nossos ancestrais, incluindo casamentos, batizados, aniversários, bodas matrimoniais de prata, de ouro e de diamante...
Foi uma celebração abrilhantada pela Banda Sinfônica que presenteou a todos, através de lindas canções, a condição de oração em melodia! Sendo músicos da mesma instituição, os noivos comungaram essa sensibilidade melódica e distribuíram aos presentes a verdade do amor que os unia, incluindo a música!
Foi um momento ímpar! Para eles, para seus pais, familiares, amigos e demais presentes que, se a princípio, foram por curiosidade cultural de 'ver' de perto o vestido da noiva, madrinhas, em decorrência do espetáculo musical que foi apresentado, sensibilizados, permaneceram no recinto da igreja para ouvir emocionados as bênçãos proferidas pelo Pároco da Paróquia Santo Antônio e Almas de Itabaiana, Pe. Jadson Ramos.
Por um segundo, meu imaginário divagou... E, como se tivesse entrado numa máquina do tempo, passou um filme, um lindo filme onde as personagens eram as pessoas queridas que já não estavam fisicamente ali mas na minha mente. Emanavam tantos sorrisos de contentamento que a alegria se instalou no ambiente. Foi então que percebi que, mais que um casamento a mais, estava sendo celebrado um ritual de iniciação de uma família marcada pela música! Era, de certa forma, com a presença de todos aqueles que seguram atualmente o bastão da Filarmônica N Sr C, mais uma homenagem que se prestava aos nossos antepassados!
Cabe-me agora, na condição de madrinha do jovem casal, almejar que a união abençoada no Altar seja celebrada em diversas outras cerimônias da nova família: batizados, aniversários, bodas ...
Que seus pais, familiares e amigos ali presentes sejam capazes de ajudá-los a atravessar possíveis situações adversas. Desejo que elas não existam. 
Lafaete e Danielly, Sejam Felizes!