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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Mirdad

Mirdad fala. Mas, em verdade, o Todo é que Fala, por intermédio do falar de Mirdad. Ouçamos, atentos, o que Mirdad fala! Ou melhor: permitamos que o Todo o Ouça, por intermédio dos nossos ouvires. Assim, um fluxo e refluxo de ouvir e falar entrará em sintonia com o Ouvir e o Falar do Todo!

- Jorge Pi


Excalibur

Excalibur é, na verdade, uma chave! A espada é o Princípio da Vontade. Se bem utilizada, pode nos levar ao Graal da Compreensão!

- Jorge Pi



domingo, 14 de outubro de 2018

Novos Tempos?


Novos tempos. Não os vejo com julgamentos. Quem sou eu! Cabe-me o voto. Militância? Para quê? O que sempre percebi foi um vertiginoso excesso de "direitos", na Constituição de 1988. Deveres? Sufocados por tantos direitos. Direito é bom? Sim. Porém, se ladeado com sua simétrica cota de dever, muitas vezes relegado, negligenciado, ignorado. O que nos resta de certeza é que a História é cíclica, num sentido ascendentemente espiralado. E quanto ao desenrolar de fatos, atos anteriores sempre são as causas primeiras.

- Jorge Pi

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Bendegó de Uauá

Uauá não é um nome... É uma vocalização! Um Mantra!
Significa Pirilampo, Vaga-lume. Pisca-pisca natural! Lamparina biológica que projeta luz fotoquímica a sutilizar um pouco a escuridão das noites.
Uauá é também um município baiano que fica vizinho a Monte Santo, terra adotada por Conselheiro.
Em Uauá há um povoado chamado Bendegó. Pois foi justamente lá que se aninhou uma Pedra vinda do Espaço e que ora se encontra no incendiado Museu Nacional do Rio de Janeiro.


É impressionante!
Trata-se de uma efervescência de história!
Há, de fato, algo de luminoso nas bandas das Terras dos Vaga-Lumes. O trajeto de um meteoro fincou raízes lá! E nada acontece por acaso, não é mesmo?!
Os artistas locais bebem deste sentimento cósmico. Sendo assim, Uauá tem, de fato, uma aura especial de luz pirilâmpica das estrelas...
Ela foi agraciada por um evento cósmico! Uma negra pedra de metal que não esquenta com o calor dos raios solares! E tendo sido levada por D. Pedro II para o Museu Nacional do Rio de Janeiro, parece que o meteorito foi umas das poucas peças que sobraram, no infeliz incêndio de data recente.
Em nossas pesquisas, encontramos este lindo poema cinematográfico:


Talvez o meteorito seja uma dádiva poética e não um mero incidente sideral. Será que já havia pirilampos, antes dele cair em Uauá?! Não seria, ele próprio, um Imenso e Encantado Pirilampo, adormecido e misteriosamente impávido, em meio à terrível destruição ígnea ocorrida no Museu de todos nós? Como se fosse uma insuspeita fênix a concentrar em si toda a memória cremada, transmutada e, não, perdida! Toda a nossa memória em uma pedra férrea caída dos céus!

- Jorge Pi



domingo, 19 de agosto de 2018

Okê Arô!


"Guerreiro de uma única flecha!" Guerreiro pacífico, que não desmembra, nunca, sua flecha de seu arco. Determinação, tenacidade e propósito. Ele próprio é sua flecha, perenemente projetada, através de seu arco, que também é ele mesmo. Arquétipo único e indivisível: o Arqueiro, o Arco e a Flecha! Inteireza é sua característica fundamental; ubiquidade, seu dom primordial. Oxossi, assim, é o Senhor do Aqui e Agora, liberto das amarras de Maya, num majestoso estado de Poder, impavidamente repleto de uma suspensão contemplativa a irradiar, ininterruptamente, Inspiração, Esperança e Prosperidade! ✨🙏🏻✨🏹

- Jorge Pi

sábado, 18 de agosto de 2018

As Time Goes By

Bela música, belo filme, bela época, por certo! De fato, o mundo perdeu o romantismo. Não somente eu, que perdi. Aliás, eu mesmo nem cheguei a perder. Quem nunca experienciou, é nada mais que um ignorante. E ignorar nos faz ter um sentido diferente daquilo que se ignora. O ignorado não existe para quem ignora. Não, um ignorar como desprezo pelo que quer que se queira descartar. Pois, descartar é, tendo conhecido, eliminar. Mas, ignorar, no sentido de, tão-somente, 'não conhecer'. Sendo assim, a atual geração, na qual estou me incluindo (apesar de não mais ser bem da atual geração), não pode dizer que perdeu aquilo que nunca teve. Mas, curiosamente, veio-me um tanto de misteriosa saudade e desconcertante melancolia, ao assistir a esse vídeo. Como é possível se 'ser "e" não-ser' de uma época? Velho? Talvez é o que eu seja e não o saiba, por ter sido iludido pelas travessuras do deus Chronus, que me fincou em uma parte do tempo que, decididamente, não me representa. Sou, então, um ignorado ignorante da própria ignorância de não ser cabível em minha própria época? Não sei... Mas, que minha alma errou de geração, disto nunca tive a menor dúvida!

- Jorge Pi


sexta-feira, 27 de julho de 2018

Ondas...

                                                                                                                                             Toni Fernandes (80x60cm a/s/t)


Que as ondas venham!
Mas, de tão tímidas, só dão um "oi!"...
E, então, retornam... 
E vão e veem, e voltam e voltam.
Assim, parece que voltar é toda a meta!
Voltar, em volta da ideia de perenizar.


- Jorge Pi

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Sejamos de Nanã!



Esta música...
Linda!
Sempre achei.
Nanã é um dos Orixás...
Ela representa os Princípios de Nascimento e Morte.
A morte é sempre temida, mas, na verdade é um novo nascimento. Chora-se, por causa dela.
E o bebê chora...
Senão, não sobrevive ou irá ter uma vida difícil.
As lágrimas estão relacionadas a Nanã!
Lágrimas são de água e sal.
Então a felicidade e a tristeza se abraçam, em Nanã.
Assim, abraçarmos Nanã é o mesmo que dizermos: Assim Seja!
É incrível como há tanta beleza e verdade na herança cultural yorubá e, no entanto, a sombra do preconceito teima em tentar aniquilá-la. Deveria, sim, ser foco de estudo nas escolas. Na disciplina Religião.
Engraçado...
Religião vem do latim...
Religare
Mas, parece que perdeu o sentido original...
Sejamos, sim, de Nanã!
Salve, Nanã!
✨🙏🏻✨

- Jorge Pi

domingo, 24 de junho de 2018

Tales na Festa de Nanã...

Água é O Princípio, por princípio. E é água-gota, água-chuva, água-lago, água-rio e água-mar! No dentro, tanto quanto no fora, é água-sangue que circula, hidrata, higieniza e nutre. Água é Água. E, no ponto médio entre o fora e o dentro, água é vida e transmuta o que há de vir na tensão superficial de sua densidade translúcida e em sua mutabilidade perene.

- Jorge Pi


sexta-feira, 22 de junho de 2018

Um Generoso Gesto de Oxumaré

Até agora, impressionado, meus amigos do "Águas do Aruanda"! Sábado passado... 16 de junho de 2018, em Aracaju/SE. Usufruindo dos deliciosos afagos das maternais vibrações do harmonioso jardim. Na iminência do término das atividades daquela tarde acolhedora e "hospitaleira". De repente, nos céus da linda Terra dos Papagaios e dos Cajueiros... Um simples arco íris?! Não!!! No começo, sim: a exuberância da simplicidade! Mas, à medida em que o colorido arco foi crescendo e, de repente, fez-se completo, de um extremo ao outro, vi algo a mais do que o óbvio: sentado em um banco de madeira, contíguo ao Salão Sagrado, eram as luminosas e multicoloridas Águas de Aruanda que lubrificavam meus olhos sedentos, cansados de tanto cinza e desejosos de Cor e Vida! Uma Iniciação Subliminar e Arcana! Estava no céu, tendo o jardim do Águas como testemunha! E eu me sentia parte daquele jardim... E ele tomara as dimensões do infinito só para acolher aquela linda e soberana delicadeza contida num pequeno gesto de generosidade de Oxumaré! ✨🌈🙏🏻✨

- Jorge Pi

quarta-feira, 21 de março de 2018

Cemitério dos Prazeres

Macabro? Sinistro? Aterrorizante? Sim, exceto se nos rendermos à simples verdade de que somos a própria morte fantasiada de vida! Aliás, nós não somos a morte, pois ela é meramente um Portal. Vivos, no entanto, precisamos morrer, a cada exalação, para permanecermos no mundo. E, a cada nova inalação, uma nova perspectiva se nos abre para percorrermos a Estrada que, um dia nos levará à Luz Maior, quando de nossa última exalação. E, assim, entre inalares e exalares sucessivos e aparentemente perenes, vamos nos banhando da maravilhosa experiência de sermos humanos transeuntes à procura de Sentido e Realização Ontológicos. Então, de busca em busca, enfim haveremos de, um dia, depararmo-nos conosco mesmos diante daquilo que se costuma esquivar, mas que nos é a todos, irremediavelmente, inevitável: o instante da morte. Cemitérios, portanto, são campos semeados. E nós, então, seremos simples sementes da Vida!

- Jorge Pi


quinta-feira, 15 de março de 2018

Grande Ser - Quantas Veredas...

"Viver é muito perigoso..." E, a cada pequeno ciclo respiratório, inalamos, retemos e exalamos as entranhas pneumáticas de toda a vida. O perigo, no vivermos, não está na morte, mas na própria vida. Todavia, o segredo é se viver completamente atento àquilo tudo que nos rodeia, concretamente. Então, o medo não nos subjuga e prevalece um sentimento de paradoxal completude a nos convidar ao Grande Ágape do Saborear da Eternidade!

- Jorge Pi

Entrevista dada por Antônio Cândido sobre a obra de…

sexta-feira, 2 de março de 2018

Revoar

Sentimento de exílio pode dar inspiração. Sentimento que inspira um exilado coração. Coração buscando asilo na ditosa inspiração. Então, bate uma saudade de palmeiras-sabiás. Sábias que são lembranças: pousam, cantam e nos encantam. Gorjear uma saudade; revoar numa canção.

- Jorge Pi

quinta-feira, 1 de março de 2018

Estrada do Sol... Jobim - Duran - Dos Santos – Regina

Que música linda, meu Deus! Ela se propaga, límpida, pelo ar. Suavemente, tem a força das Eras por vir, assim como dos Éons Inefáveis que ainda vibram em nossas almas de incansáveis viajores, na Estrada da Evolução do Ser! Tocando, de leve, os nossos ouvidos, faz-nos encontrar a Paz Verdadeira, ao menos provisoriamente. E, de audiência em audiência, degustamos a nós mesmos, no mais recôndito da sacrossanta ambiência cardíaca, num vislumbre antecipatório de nossa tão almejada Auto Realização Ontológica, no âmbito da Música das Esferas!

- Jorge Pi





Neste último vídeo, voz:

Fernando Janson

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

A Ofélia...

Pessoa incumbe a Campos tarefa inóspita de dar um "não" a Ofélia Queiroz, através de uma "carta-vale(n?!)te". Mas, se Pessoa não está em pessoa, na dissimulada missão do não-pessoa Campos de se fazer a pessoa representante de Fernando, então, pessoalmente, indago se D. Ofélia tenha, de fato, recebido tal missiva. E, se a recebera, talvez tenha duvidado das razões e intenções daquele astucioso Eng.° Naval, pondo-o sob suspeita; pois, como garantir que Fernando, em pessoa, tenha lhe solicitado tão árdua missão, de fato, já que quem escreve e assina é apenas uma fictícia "persona", apesar de real, do ponto de vista literário?! Quiçá tenha sido um "sim" disfarçado num seu heterônimo "não", de tal sorte que a "dúvida", traduzida em esperança, apontasse para um "talvez, quem sabe, um dia..."! Ou, não?!

- Jorge Pi



Carta a Ofélia Queiroz - 25 de Setembro de 1929:

Exma. Senhora D. Ophélia Queiroz,

Um abjecto e miserável indivíduo chamado Fernando Pessoa, meu particular e querido amigo, encarregou-me de comunicar a V. Ex.ª — considerando que o estado mental dele o impede de comunicar qualquer coisa, mesmo a uma ervilha seca (exemplo da obediência e da disciplina) — que V. Ex. ª está proibida de:
(1) pesar menos gramas,
(2) comer pouco,
(3) não dormir nada,
(4) ter febre,
(5) pensar no indivíduo em questão.

Pela minha parte, e como íntimo e sincero amigo que sou do meliante de cuja comunicação (com sacrifício) me encarrego, aconselho V. Ex.ª a pegar na imagem mental, que acaso tenha formado do indivíduo cuja citação está estragando este papel razoavelmente branco, e deitar essa imagem mental na pia, por ser materialmente impossível dar esse justo Destino à entidade fingidamente humana a quem ele competiria, se houvesse justiça no mundo.

Cumprimenta V. Ex. ª

Álvaro de Campos
eng. Naval

25/9/1929
ABEL

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Igreja de Santa Maria de Belém - Mosteiro dos Jerônimos

Gótico! Chão-terra. Céu-ar. Colunas de fogo hidratando nuvens que rodopiam no céu! Do Oeste, vê-se o Leste! Este Maravilhoso Ponto Focal Templário que une, em perspectiva, Terra-Água-Fogo-Ar!

- Jorge Pi

Fotografia capturada na Net


sábado, 27 de janeiro de 2018

Aula

Que maravilhosa aula! Suassuna assina, primorosamente, um dos capítulos mais lindos de nossa tão mal-tratada história: sua própria vida. Ele não morreu; nunca morrerá, ficará eternamente "encantado", como um João Grilo que, em sua aparente ingenuidade, dá-se-nos em astúcia e na mais imodesta manifestação de sabedoria.

Jorge Pi

Assim...

Assim: "...e fumos pro meio da rua apreciar a demolição..." Mas, demolição é destruição. No entanto, quem disse que "aquela" maloca seria destruída?! Joca, Maranhão... A turma toda iria levá-la, intacta, por toda a vida, em seus corações! Aliás, em todos os corações que se solidarizam com esta formidável declaração de amor por uma saudosa maloca que também é nossa, "...dindi donde nóis passamo dias feliz de nossas vida"! Joguemos as cascas da dor pro ar, que saudade é um jeito de reviver, poeticamente, aquilo que, já não mas sendo, nunca irá deixar de Ser, em verdade.

Jorge Pi

sábado, 13 de janeiro de 2018

Batalha Monastery, Portugal


Não é apenas um pórtico; trata-se de um verdadeiro Portal! Quem por ele atravessa, não há de o transpor sem que em um novo ser se transforme! Magnífico!
- Jorge Pi

Valete!

Que maravilha de se ver, ouvir, transcender... Neste vídeo, o encantador encontro entre a impecável interpretação de Bethânia, o arrebatador e iniciático poema de Pessoa e a refinada melodia de Chico! Um Grande Arcano nos é, graciosa e generosamente, ofertado! Como diria Fernando, em O Encoberto: "Valete..."!

- Jorge Pi

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Piódão: uma Aldeia Portuguesa.

Cores vivas em sóbrias paredes de sobrados de pedras, saídos do chão. Portas, fachadas, janelas fechadas, telhados talhados pra ter chaminés. Antenas modernas em velhas moradas. Aldeia que passa e não passa: perpassa. No alto, um céu; ao lado, uma mata. Meus olhos são dois vigilantes atentos: há muita beleza em um só olhar!
- Jorge Pi



Doridos

Reboco caído, cantado, doído! A dor de, sem dor, doer mais que se houvesse. Ouvindo a pintura, a dor reverbera, transpondo da tela toada contida. Os olhos?! Ouvidos: soados: doridos!
- Jorge Pi

“O violeiro” (1898), uma das obras-primas do grande pintor luso-brasileiro José Ferraz de Almeida Júnior (Itu, São Paulo, 8 de Maio de 1850 — Piracicaba, São Paulo, 13 de Novembro de 1899).