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sábado, 27 de janeiro de 2018

Aula

Que maravilhosa aula! Suassuna assina, primorosamente, um dos capítulos mais lindos de nossa tão mal-tratada história: sua própria vida. Ele não morreu; nunca morrerá, ficará eternamente "encantado", como um João Grilo que, em sua aparente ingenuidade, dá-se-nos em astúcia e na mais imodesta manifestação de sabedoria.

Jorge Pi

Assim...

Assim: "...e fumos pro meio da rua apreciar a demolição..." Mas, demolição é destruição. No entanto, quem disse que "aquela" maloca seria destruída?! Joca, Maranhão... A turma toda iria levá-la, intacta, por toda a vida, em seus corações! Aliás, em todos os corações que se solidarizam com esta formidável declaração de amor por uma saudosa maloca que também é nossa, "...dindi donde nóis passamo dias feliz de nossas vida"! Joguemos as cascas da dor pro ar, que saudade é um jeito de reviver, poeticamente, aquilo que, já não mas sendo, nunca irá deixar de Ser, em verdade.

Jorge Pi

sábado, 13 de janeiro de 2018

Batalha Monastery, Portugal


Não é apenas um pórtico; trata-se de um verdadeiro Portal! Quem por ele atravessa, não há de o transpor sem que em um novo ser se transforme! Magnífico!
- Jorge Pi

Valete!

Que maravilha de se ver, ouvir, transcender... Neste vídeo, o encantador encontro entre a impecável interpretação de Bethânia, o arrebatador e iniciático poema de Pessoa e a refinada melodia de Chico! Um Grande Arcano nos é, graciosa e generosamente, ofertado! Como diria Fernando, em O Encoberto: "Valete..."!

- Jorge Pi

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Piódão: uma Aldeia Portuguesa.

Cores vivas em sóbrias paredes de sobrados de pedras, saídos do chão. Portas, fachadas, janelas fechadas, telhados talhados pra ter chaminés. Antenas modernas em velhas moradas. Aldeia que passa e não passa: perpassa. No alto, um céu; ao lado, uma mata. Meus olhos são dois vigilantes atentos: há muita beleza em um só olhar!
- Jorge Pi



Doridos

Reboco caído, cantado, doído! A dor de, sem dor, doer mais que se houvesse. Ouvindo a pintura, a dor reverbera, transpondo da tela toada contida. Os olhos?! Ouvidos: soados: doridos!
- Jorge Pi

“O violeiro” (1898), uma das obras-primas do grande pintor luso-brasileiro José Ferraz de Almeida Júnior (Itu, São Paulo, 8 de Maio de 1850 — Piracicaba, São Paulo, 13 de Novembro de 1899).