Esta música me faz sentir o meu ser repaginando-me a vida... E me vejo "em algum lugar do passado", solto das amarras da agonia de não poder me expressar com a linguagem das brumas, em vez do ruminar da saudade.
Cicatriz aberta vazando sangue e um profundo sentimento de solidão. Ocaso que chega e, por chegar, é o caso de ir muito embora. Muito embora, fica-se mais do que antes. Antes, fixar-se à esteira da obviedade recorrentemente negligenciada do que esvair-se em óbvias impossibilidades relutantemente ansiadas. Que a vida dura não mais do que o perímetro de uma saudade que nasce no momento mesmo da implacável e misteriosa manifestação da morte.