Texto tocante e sensível, professor Marcelo!
Há algo de uma 'expectativa em suspensão' que o permeia e o enriquece... Aliás, TRANSBORDA-O... A vida é um 'testemunhar em ação'... Agimos... E mesmo quando pensamos que estamos sendo meros espectadores, somos atores do grande espetáculo da Existência! Também comungo com a sua impressão de, nos anos 80, achar os anos 60... l o n g í n q u o s ! ! ! Talvez a razão esteja em que, confrontando-nos, em nossos adolescentes anos 80, com o lado proto-humano do sermos ainda crianças nos 60, lutávamos contra a obviedade de simplesmente persistirmos infantes em corpos e mentes pretensamente adultos! Inconscientemente, muníamo-nos de uma couraça em perspectiva de longevidade, naturalmente insustentável. É que 'somos únicos' mas, ao mesmo tempo, 'fazemos parte'. E isto é que é a raiz de nossa atoniticidade face ao nos debruçarmos diante do mistério que consiste na dialética do 'sermos o que somos': um 'ponto de interrogação ambulante', o mais das vezes intergei-tizado em nossos interrelacionamentos confrontantes...
Jorge Pi
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