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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Uma Declaração de Amor ao Querido Facebook...

Resultado de imagem para facebookMeu querido Facebook, tu tens sido um bom companheiro. Sou grato a ti pelas tantas e, por muitas vezes, tão belas e prazerosas postagens que recebo de variados e estimados amigos virtuais, com os quais tenho tido a felicidade de, fractalmente, confraternizar. Posso te declarar o meu sentimento de amor por ti?! Então, permita-me confessar-te o quanto sou teu fiel seguidor. Um verdadeiro amante! Sigo-o com muito gosto e uma enorme satisfação. A minha ânsia controlada de 'ir ver' a próxima postagem, por exemplo, só para me certificar quanto a uma missiva anterior que houvera sido por mim publicada, se fora medíocre ou abundantemente curtida, já há de evidenciar o quanto meu interesse por ti é legitimamente profundo e, desinteressadamente, apaixonado. Principalmente, no que diz respeito à curiosidade intrínseca quanto a quem a comentou e, melhor ainda, quem a compartilhou. Amo-te como quem ama a pessoa amada, pois, de fato, considero, sim, que 'sois' uma pessoa e 'tens' nome e sobrenome. Por isto, chamo-te de 'Face', carinhosamente, mas sei que teu sobrenome é 'Book'. Aliás, foi com nome e sobrenome que viestes a conquistar a minha afeição por ti. 'Face', enquanto predisposição imagética e 'Book', como condição de congraçamento intelectivo, recheado de sensibilidade. Fica sabendo, no entanto, que, neste imenso mar cibernético de correntes eletrônico-informáticas revoltas e concorrência randômico-comunicativa tumultuada, acumula-se um sem-número de senões imersos em ilhas encantadas, cheias de intenções duvidosas e pretensões macabras do cultivo do terror destemperado e da maledicência contumaz desenfreada. Por trás de cada mensagem, uma multiplicação do humano fardo de buscar resolver sem critério flexivo, muitas vezes nos toma a boa fé que nos deveria guiar para o bem e a virtude da luxuosa procura pela amizade à Sabedoria e nos desvirtua do teu propósito primeiro: a universalização irrestrita do patrimônio cultural da Humanidade. Feudos formados por opressivas hordas descivilizatórias, no entanto, são construídos, a cada instante, em maior número do que cidades bem planejadas e racionalmente arquitetadas de perene esclarecimento cognitivo, levando a uma perspectiva pérfida de consequências futuras preocupantemente lastimáveis. Claro que nós sabemos de tua vocacional tendência ao distanciamento da censura e à socialização do acesso ao conhecimento verdadeiro. Todavia, eu e tu, e todo aquele que contigo usufrui de tuas benesses instrumentais em prol da concretização do nobre ideal de te tornares uma gigantesca Ágora de uma não menos magnânima Atenas Planetária, não poucas vezes somos bombardeados com sementes do mal da informação deturpada e do desrespeito ao direito universal de livre acesso à nobreza da cultura do Ser e não do Ter, conforme pode, facilmente, ser constatado nas mais sutis tendências hodiernas de exacerbação do 'acidental' em detrimento da sadia aclamação por uma essencial humanização global, com perspectivas claras e construtivamente duradoras.

- Jorge Pi

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