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quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Escuto


O silêncio grita em surdinatos impropérios, como se achasse que ninguém o houvesse de escutar.
Mas eu o escuto.
E ele nem sequer há de vir a perceber meu escutar.
Escuto e esqueço, que no esquecimento residem todos os registros do anonimato.
Ah, não! Eu o mato e o desvelo em desvelórios aleatórios, retardatários...
Retardo e tardo em tardes noites de manhãs veladas.
Que as parcas chances de se ser instantes são perturbadas, desvirtuadas, esclerosadas.

- Jorge Pi

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