Um conto de Walter Benjamin, contido em seu livro “Imagens de Pensamento”:
"Uma vez mais...
Em meu sonho, estava no internato da Haubinda, onde tinha crescido.
O edifício da escola estava atrás de mim e eu caminhava na floresta sem viv’alma, em direção a Steufdorf.
Mas, agora já não era o ponto em que a floresta termina e começa a planície, onde aparecem na paisagem a aldeia e o pico do monte Strafhaim.
Ao subir no monte, por uma encosta suave, eu caia quase a pique do outro lado. E, lá do alto - uma altura que diminuía à medida que eu ia descendo -, via a paisagem através de um oval de copas de árvores, como numa moldura preta de ébano de uma fotografia antiga...
Em nada se parecia com o que eu imaginara...
A povoação de Schleusingen ficava junto a um grande rio azul, que, na realidade, fica muito longe...
E eu fiquei sem saber se via Schleusingen ou Gleicherwiesen...
Tudo estava banhado numa unidade colorida e, apesar disso, dominava um negro pesado e molhado, como se a imagem fosse o campo que acabara de ser lavrado penosamente, no qual foram lançadas, nessa altura, as sementes da minha vida futura..."
Um comentário:
Oi, Jorge, parece que o comentário não ficou, então, vou repetir que agradeço a tradução des- te conto de Benjamim, que postaram no FB,e acrescentar, que fui ver o seu perfil, e adicionei vc aoa favoritos , vc é filósofo,sou uma curiosa,e gostei dos textos abaixo,está valendo a pena,o seu blog, parabéns.Lígia.
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