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quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Boas Lembranças

 


quarta-feira, 1 de abril de 2020

Retorno

Re-torno é o tornear que nos torna a nós, nós mesmos!

- Jorge Pi

Rasga-se

Rasga-se uma forte rede, focando-se os seus espaços vazios. Os minúsculos cravares das presas bestiais se dão aos poucos, em doses psicopatas de mordiscares e soprares, buscando-se nas fragilidades os pontos fortes e propícios à usurpação pretendida. Então, a maleabilidade da rede, que se deve aos seus vazios, é paulatinamente substituída por um aparentemente inadvertido enrigecimento planejado, manejado e (valha-nos Deus!) eficazmente executado.

- Jorge Pi

Nossa Vida

Nossa vida é como uma veste: veste-nos, adorna-nos, classifica-nos.
Nossa vida é uma atmosfera: envolve-nos, preserva-nos, plenifica-nos.
Nossa vida é um sopro sagrado: torna-nos almas viventes.
Vida veste a atmosfera de um sopro!
Um sopro vivo na atmosfera de uma alma.
Alma anima o funcionamento de um corpo.
Corpo-sopro: alma-carne: veste-vida!


- Jorge Pi

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Um bode

É um bode, não é?! Desculpe-me a ignorância. E, de qualquer forma, capturada nesta foto, pode-se perceber algo de humano, na pose fisionômica deste expressivo ser ao lado deste humano tão empenhado em lhe fazer companhia ontológica. E talvez o humano seja mero degrau, mesmo, na animalidade animada pela mesma Alma que é o que importa, afinal de contas. Nas contas deste lindo colar hierárquico é, a Vida, o cordão que une. Une-nos: ossos, minerais que esperam; órgãos, vegetais que sentem; corpos que se dão à Consciência! Fala?! Nesta foto, a fala é o cartaz que brilha, as palavras poucas, o sorrir do homem e o olhar do bode.

- Jorge Pi


Vinil


Mágico! O atritar de uma agulha num micro-sulco disposto em um perímetro concêntrico espiralado, posto em movimento, na precisa rotação que melhor reproduza acusticamente, aos nossos ouvidos, o que em certo momento e por determinada intenção foi eleito alvo de registro e destinado ser arquivado como patrimônio humano-cultilural, para futuras consultas e reavivamento sensório-memorial.
Mágico e eu não me dava conta disso quando só havia esta forma de se ouvir música em discos.
E pensar que eu cheguei a achar mágica foi a nova e inusitada possibilidade tecnológica de ouvir áudios com aquilo que pensei ser pureza. Mas não era. Puro, mesmo é nós nos deliciarmos com aconchegantes estalidos em meio ao som - objeto estético de nossa deleitante focalização auditivo-atualizacional do que quer que tenha sido gravado, um dia.

- Jorge Pi

Um menino

Naquele tempo... Havia um menino que gostava de ouvir os mais velhos. E ficava extasiado com o que ouvia e aprendia. E aprendia a ser velho, antes do tempo, num tempo menino... Naquele tempo.

- Jorge Pi

Escuto


O silêncio grita em surdinatos impropérios, como se achasse que ninguém o houvesse de escutar.
Mas eu o escuto.
E ele nem sequer há de vir a perceber meu escutar.
Escuto e esqueço, que no esquecimento residem todos os registros do anonimato.
Ah, não! Eu o mato e o desvelo em desvelórios aleatórios, retardatários...
Retardo e tardo em tardes noites de manhãs veladas.
Que as parcas chances de se ser instantes são perturbadas, desvirtuadas, esclerosadas.

- Jorge Pi

Espiar

Eles espiam... E espiam com tanto empenho que o que espiam se debruça pra os olhar espiando e se enternece e os deixa mesmo espiar. E eles espiam e espiam e se comprazem no espiar. Mas, afinal, o que eles espiam? O que não sabem, mas que pretendem saber; o que não podem, mas que pretendem poder; o que não sentem, mas que pretendem sentir. Saber poder sentir é o que espiam e se comprazem, ao espiar!

- Jorge Pi

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

"Sentir Falta", confrade Rômulo!


Sentir falta é um grande paradoxo, meu amigo Rômulo! Pois se sente tudo, menos falta, quando se sente falta. A falta que se sente nos preenche de um vazio tão imenso e de uma densidade tão intensa que é como se estivéssemos plenos de uma plenitude nihilista, mas que contém todos os sentimentos do mundo, disfarçados de falta.

- Jorge Pi

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Eles Espiam...

Eles espiam... E espiam com tanto empenho que o que espiam se debruça pra os olhar espiando e se enternece e os deixa mesmo espiar. E eles espiam e espiam e se comprazem no espiar. Mas, afinal, o que eles espiam? O que não sabem, mas que pretendem saber; o que não podem, mas que pretendem poder; o que não sentem, mas que pretendem sentir. Saber poder sentir é o que espiam e se comprazem, ao espiar!

- Jorge Pi


"Muito Prazer", Lula Ribeiro!

Muito Prazer! Que coisa linda! Coisa de gente grande. Coisa que só se coisa, por se ser grande. Música leve e densa. E dança leve, tão densamente, que nos dá o sentido da simplicidade de ser compositor de verdade.

- Jorge Pi


quarta-feira, 18 de setembro de 2019

5ª Bienal Ceboleira


Fui. Vivi. Amei.
Assim, as emoções de mais uma Bienal (a quinta, até agora!) preencheram minhas células de um renovado orgulho de ser de Itabaiana.
Um lindo Shopping, à beira duma estrada, acenando a transeuntes desavisados que, passando por nossa Velha Loba, sentiam-se seduzidos pra espiar a festa que se derramava em uma diversidade de cores, matizes e nuances culturais.
Eu?! Apenas mais um neste mar de efervescência apoteótica.
E o meu município acolhendo a todos que se permitissem comungar com sua alma.
Uma alma simples, mas aguerrida, na qual o empreendedorismo não se acanha por se fazer presente.
Feira de livros que vira escola e sociabiliza talentos mil.
Feira de vidas que viram letras e ganham asas de capas lindas!
Feira de artes as mais diversas que se dão plenas de contentamento.
E eu no meio daquilo tudo...
Daquilo tudo de meu agrado.
Muito obrigado, minha terra amada!


- Jorge Pi

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Green Man

O homem natural. Natural naquilo que ele tem de vegetativo. Vegetativo, enquanto dinâmica da atividade metabólica, antes mesmo da redundantemente cinéptica ação de movimentação, na animação locomotora em busca de uma aproximação com aquele estágio no qual nós dizemos que nos encontramos: o pensamento racional, que se alinha com a pedra, a folha e o bicho, no intuito de se fazer algo mais que escapa aos olhos, aos ouvidos, ao olfato, ao paladar e ao tato do que se convenciona chamar, axiomaticamente, de ser humano.

- Jorge Pi

'Green Man' - 13th century, Bamberg Cathedral, Germany

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Rachmaninoff's "Rhapsody on a Theme of Paganini"

Esta música me faz sentir o meu ser repaginando-me a vida... E me vejo "em algum lugar do passado", solto das amarras da agonia de não poder me expressar com a linguagem das brumas, em vez do ruminar da saudade.

- Jorge Pi


quinta-feira, 23 de maio de 2019

"A Carolina" (Machado de Assis)

Cicatriz aberta vazando sangue e um profundo sentimento de solidão. Ocaso que chega e, por chegar, é o caso de ir muito embora. Muito embora, fica-se mais do que antes. Antes, fixar-se à esteira da obviedade recorrentemente negligenciada do que esvair-se em óbvias impossibilidades relutantemente ansiadas. Que a vida dura não mais do que o perímetro de uma saudade que nasce no momento mesmo da implacável e misteriosa manifestação da morte.

- Jorge Pi



A Carolina" (Machado de Assis)

Querida! Ao pé do leito derradeiro,
em que descansas desta longa vida,
aqui venho e virei, pobre querida,
trazer-te o coração de companheiro.
Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
que, a despeito de toda a humana lida,
fez a nossa existência apetecida
e num recanto pôs um mundo inteiro...
Trago-te flores - restos arrancados
da terra que nos viu passar unidos
e ora mortos nos deixa e separados;
que eu, se tenho, nos olhos mal feridos,
pensamentos de vida formulados,
são pensamentos idos e vividos.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

✨Iod✨He✨Vau✨He✨


IodHeVauHe✨ 

Uma vez que fomos criados à Sua Imagem e Semelhança, vislumbro em Iod (ou Yod) a origem de nossa Essência Anímica; no primeiro He, a origem da natureza da fase anímica de nossa aura; em Vau, a matriz do nosso aspecto somático; no segundo He, a origem da natureza da fase corporal de nossa aura. Shin o torna, por nós, Pronunciável.

-Jorge Pi
 

Catecismo da Igreja Católica

Resultado de imagem para catecismo da igreja católicaOutro dia adentrei na Paulus: a livraria. Mirei os livros de Filosofia. Continuei o passeio dos meus olhos. Estante, após estante. Detive-me numa capa amarela. Remetido à minha infância, vi os braços de minha mãe Maria acolhendo os meus dois portais de um tantinho de razão que creio habitar em mim. E meu coração se rendeu. Atendi ao chamado. Peguei, comprei e estou lendo. E, após inúmeros anos de estudo de misticismo, sinto-me preparado para absorver a linda mensagem da qual este livro é portador. Catecismo da Igreja Católica. É mais do que simples catecismo. Trata-se mesmo de um tratado filosófico! Apaixonante. E sinto como se estivesse de volta ao colo de minha mãe. Pois ela, como boa católica, plantou em mim a semente do catolicismo. Tanto e com bases tão sólidas que eu pude voar para além do catolicismo, desde cedo, destemidamente, em busca de um Catolicismo ainda maior. Sem fronteira alguma. Na plenitude das virtudes do Espírito Santo. Pois, se "o espírito sopra aonde quer", sempre me senti insuflado em abraçar e confraternizar com todos os meus irmãos das mais variadas fés! Que livro fabulosamente bem escrito! É altamente recomendável! E como é dito no fim do penúltimo parágrafo da página 11, "... é oferecido a todo homem que nos pergunte a razão de nossa esperança... e queira conhecer aquilo em que a Igreja Católica crê". Sendo assim, como um "extra-vagantus", sinto-me grato por apreciar os meandros do mundo em que cria a minha mãezinha. E que, afinal de contas, estou entendendo ser o mesmo mundo que me insufla o ser: "CATOLICISMO", na sua mais exata acepção terminológica. E ouso dizer: bastava aos que estão à frente da Liturgia da Igreja Católica Apostólica Romana, como o faz o Papa Francisco, usar apenas da força do afeto e do acolhimento, sem julgamento algum, numa celebração de Amor que é o que preconiza as diretrizes desta Obra.

- Jorge Pi

Recato

Exposição da exposição, numa forma explícita de recato implícito no qual tudo é mostrado e nada há a ser visto.

- Jorge Pi



Pi

Suprassumo da irracionalidade, π é a razão que se obtém pela divisão do perímetro de um círculo por seu diâmetro. E o diâmetro é o dobro de um raio entre o internum e o externum. O diâmetro é o Eternum se olhando a si mesmo. Assim, π é um Portal para a Eternidade! É um misterioso espelho a Mostrar, irremediavelmente, Ocultando! 

- Jorge Pi




O Segredo de Pi: Um caminho para o Eterno
“Ao considerar a simbologia do Círculo, estamos analisando a nós mesmos.” - Jung
O Símbolo da Eternidade
O número Pi (3,14159265....) é um antigo conhecido dos cabalistas. É obtido na divisão do perímetro de um círculo por seu diâmetro. O mistério e a singularidade de Pi é que se trata de uma divisão interminável, aparentemente infinita, na qual os números não se repetem.
Os matemáticos sabem explicar porque Pi é um número irracional, porém a divisão parece infindável. Em 2011 fizeram o cálculo durante 90 dias, e obtiveram 5 trilhões de dígitos depois da vírgula, sem repetições de sequências.
Isso acontece porque o segredo do círculo tem sua raiz na eternidade. Um número infinito de lados, e não tem começo ou fim. Essa simbologia está contida no número que conhecemos como Pi.
Para os cabalistas, é simples: Pi representa a força do Eterno, que é revelada através das 22 letras hebraicas. Quando dividimos esse número pelas 7 esferas de consciência inferiores (sefirot), obtemos o número mais aproximado de Pi. Representa a força que move nosso mundo de “rodas” ('Ofanim', em hebraico, as Rodas Sagradas - mais sobre o assunto: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=954707364695779&set=pb.100004695724396.-2207520000.1533041625.&type=3&theater ).
Guematria e Geometria Sagrada
A Guematria é parte da Cabalá, e estuda os números (no aramaico, as letras são números, e não valores atribuídos, portanto cada palavra possui uma soma). Revela relações matemáticas que são códigos, pois o significado de palavras com a mesma soma se complementa. Também são usadas permutações e combinações para as meditações com os Nomes Sagrados.
O círculo, sem arestas, sem começo nem fim, é o símbolo da Eternidade, e Pi é sua expressão matemática. Pode ser encontrado nas culturas mais antigas que deixaram sua marca no planeta. As figuras e relações matemáticas estão impressas em nosso DNA espiritual (ou registros akáshicos) de forma que se tornam uma linguagem comum a todos nós, e também cósmica, válida em todos os confins de nosso Universo.
Meta'tron - Sha'dai
Interessante também observar que o arcanjo Meta’tron (que se originou com uma metamorfose de Chenoch [Enoc] tem uma guematria de 314, o início de Pi (3,14) e é quem faz a conexão entre o Eterno e nossa dimensão, assim como o círculo faz com a reta da linearidade de nosso mundo temporal. O 314 é também a soma do nome divino de Iessod, Sha'dai, usado na mezuzá, à porta das casas como proteção contra energias negativas.
"A matemática é a linguagem com a qual Deus criou o Universo." - Galileu Galilei